quarta-feira, 21 de março de 2012

MPF vai investigar denúncias feitas em programa da Record contra líder da Igreja Mundial

 
 
 
 




O MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso instaurou na segunda-feira (19/03) um procedimento para investigar a veracidade da denúncia de enriquecimento ilícito e fraude contra o sistema financeiro nacional cometido pela Igreja Mundial do Poder de Deus e pelo apóstolo Valdemiro Santiago.

As denúncias foram feitas pela reportagem do programa Domingo Espetacular, exibida pela TV Record no último domingo (18/03). Segundo a matéria, Santiago teria usado dinheiro arrecadado dos fiéis para comprar fazendas e cabeças de gado no Mato Grosso. O vídeo foi protocolado no MPF, que fez a autuação de uma peça de informação que será distribuída a um procurador da República que irá conduzir as investigações.

              Outras igrejas denunciadas

O MPF também ofereceu denúncia, em 2006, contra os pastores da Igreja Renascer. Segundo os dodumentos apresentados pelo promotor Marcelo Mendroni, Estevam Hernandes Filho e a mulher arrecadaram "altíssimos valores" com a igreja, "às custas, principalmente, de ludibriar fiéis e de deixar de honrar incontáveis compromissos financeiros, tornando-os habitualidade, com evidências de características criminosas". O MP chegou a pedir a prisão dos denunciados na ocasião, mas o juiz decidiu só determinar o bloqueio dos bens.

O casal ainda foi alvo de uma segunda denúncia por falsidade ideológica, porque teriam montado uma igreja “laranja” chamada Internacional Renovação Evangélica com o objetivo de “proteger a Renascer de processos de cobrança, cíveis ou trabalhistas”. A juíza titular da 16ª Vara Criminal de SP, Kenarik Boujikian Felippe, aceitou o pedido, que quer ainda o fechamento de todos os templos da igreja em São Paulo.

Em 2011, foi a vez do bispo Edir Macedo, e mais 3 integrantes da igreja Universal — Alba Maria Silva da Costa, João Batista Ramos da Silva e Paulo Roberto Gomes da Conceição — serem denunciados pelo crime de quadrilha para a prática de crimes de estelionato, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, na forma de organização criminosa.

Os quatro foram acusados de duas modalidades de evasão de divisas: na qualidade de administradores da Igreja Universal do Reino de Deus, por manterem as contas no Exterior sem declará-las às autoridades, e por promoverem a saída do dinheiro arrecadado pela igreja, do Brasil para o Exterior. A Justiça Federal acatou parcialmente a denúncia do MPF.


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